18 de janeiro de 2004

OS ELOGIOS
Toca o telefone no domingo à tarde. O número desconhecido era de um conhecido que se queria manifestar solidário e agradado como o que eu tinha escrito num jornal.
Fiquei à toa, com aqueles mmm, mmmm, de quem não sabe o que responder. O mesmo que aparece quando alguém se levanta da assistência, no fim de uma sessão ou encontro ocasional, para afirmar que lê com agrado o que vou modelando nas minhas histórias...
Vivemos numa sociedade tão estúpida que já nem sabemos lidar com o elogio desinteressado. Aquele que não nos pedirá promoção no emprego, livro recomendado à editora ou uma boa nota no fim do ano.
Talvez seja tempo de começarmos a demonstrar aos outros que achamos haver coisas que eles fazem bem feitas. Digo eu...

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